Por Glaucia Duarte*
Quase nunca nos preocupamos em perceber as sutis diferenças da vida. E, naturalmente, os dias se atropelam, um após o outro. Explico melhor com o exemplo do viver e do sobreviver.
Ao acordar rosnento, já começa a falar da falta de tempo e de muito trabalho: sobrevive. Quando desperta, programa-se para realizar as tarefas do dia: vive. Se você justifica a não realização de seus deveres pela incompetência dos outros, sobrevive. Quando tenta resolver seus problemas superando o prejuízo do outro em você, vive.
Sobrevivente é aquele inconformado com o trânsito, aquele que sofre constantemente com a fofoca no escritório, aquele que reclama dizendo “não consigo” porque tudo conspira contra ele, tudo é adversidade.
Viver é DIVERSIDADE. Viver é encarar o rodízio de carros uma vez por semana, para não poluir, é o não se incomodar com os mais incômodos futriqueiros – aliás, nem sequer notá-los (ainda melhor!), é o conspirar positivamente para a vitória. Viver é prosperar.
Sobreviver é fácil, é inerente, quase automático. Viver é que é difícil, mas muito mais divertido. Viva, porque todas as suas ações influenciarão seu futuro. E o caminho para alcançar a felicidade depende apenas do próprio indivíduo.
CARPE DIEM !
*direitos autorais pertencentes exclusivamente à Dra. Glaucia Duarte. O uso indevido dos textos – em parte ou no todo – sem a autorização expressa da autora estará sujeito à legislação vigente.
Seus artigos são ótimos e aprendi muito com os mesmos!!
Tenho hipotireoidismo e tenho reparado o aumento desta insuficiêcia, moro em Goiânia e vejo muitas pessoas com este problema. Minha pergunta é: – aqui tivemos aqueles problemas com césio ha alguns anos atrás, pode haver alguma relação com isto?
Irani,
Agradeço sua participação.
Com relação à exposição ao césio: sabemos que a radiação ionizante induz danos ao DNA, levando a mutações nas células da pele, revestimento intestinal e órgãos hematopoiéticos (células com maior atividade mitótica). Nas pesquisas de outros acidentes radioativos (Chernobyl, Nagasaki, Hiroshima) foi evidente que a radiação, além dos efeitos agudos, induziu alterações medulares, maior predisposição ao desenvolvimento de alguns cânceres (carcinoma papilifero de tireóide, leucemias) doença auto-imune da tireóide, gastrite, doenças infecciosas, entre outras patologias desenvolvidas sob altas doses de radiação. Não há garantias sobre os efeitos da radiação no organismo tardiamente, após 20 anos ou mais da data da exposição, como foi comprovado em casos no Japão; sabendo que o césio-137 possui meia vida de trinta anos, há necessidade de monitorar os indivíduos radioexpostos por longo período. Ainda faltam estudos comprobatórios das patologias desenvolvidas sob o impacto de baixa radiação, que confirmem a existência de nexo causal com a radiação disseminada pelo acidente.
Att.
Dra. Glaucia Duarte